Por Hasmik Mkrtchyan
YEREVAN (Reuters) - Homens armados sitiados por quase uma semana em uma estação de polícia na capital da Armênia recusaram-se a abaixar as armas depois de libertarem os últimos quatro reféns e exigiam a renúncia do presidente Serzh Sarksyan.
Um número desconhecido de homens armados tomou controle da estação policial no último domingo para exigir a liberação do líder preso da oposição, Jirair Sefilian. Eles mataram um policial e fizeram outros nove de reféns, soltando dois no mesmo dia e três na segunda-feira.
Manifestantes que se reuniram para mostrar apoio aos homens armados entraram em conflito com a polícia no exterior da estação na quarta-feira. Sarksyan ainda não mostrou a intenção de usar a força para acabar com o impasse ou de libertar Sefilian.
Os homens armados libertaram os últimos quatro reféns neste sábado, inclusive o vice de Yerevan, o chefe da polícia e um sub-chefe nacional de polícia, depois que as autoridades concordaram em permitir que a imprensa entrasse na estação de polícia.
"Não temos a intenção de abaixar as armas. Este é o centro da Armênia livre e queremos que esta atmosfera se espalhe por toda a Armênia", disse Varuzhan Avetisyan, ativista do movimento Parlamento Constituinte, de Sefilian, aos jornalistas, no pátio interior da estação de polícia.
A declaração de Avetisyan foi transmitida por diversos sites de internet e emissoras de televsisão. Muitos dos homens armados, alguns dos quais acredita-se serem membros do movimento Parlamento Constituinte, puderam ser vistos próximos a Avetisyan em uniforme militar com rifles Kalashnikov.
Denunciando o que ele chamou de corrupção generalizada e dominação do governista Partido Republicano, Avetisyan disse que a principal exigência do seu movimento e dos homens armados era a renúncia do presidente, seguida de novas eleições e da adoção de uma nova constituição.