WASHINGTON (Reuters) - Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, irá comparecer em 3 de outubro a um tribunal federal em Wilmington, no Delaware, para enfrentar acusações relacionadas a armas de fogo, ordenou uma juíza nesta quarta-feira, no primeiro processo contra o filho de um presidente norte-americano em exercício.
Hunter Biden, de 53 anos, foi indiciado na semana passada por supostamente mentir em um formulário para aquisição de arma de fogo em 2018, e por ser usuário de drogas ilegais em posse de armas. Seu advogado disse que ele planeja se declarar inocente.
O filho do presidente dos EUA tentou evitar viajar a Delaware para comparecer pessoalmente à audiência, argumentando que isso representaria desafios logísticos, mas a juíza distrital Maryellen Noreika rejeitou seu pedido de comparecimento por vídeo.
O procurador especial David Weiss, que está processando o caso e conduziu uma ampla investigação sobre Hunter Biden, se opôs a permitir que Biden aparecesse por vídeo no procedimento de rotina. Weiss disse que uma audiência presencial promoveria “a confiança do público de que o réu está sendo tratado de forma consistente com outros réus”.
Noreika na quarta-feira havia agendado a audiência para 26 de setembro, mas mudou a data para 3 de outubro a pedido dos advogados de Biden, de acordo com uma determinação da juíza.
A audiência foi marcada no mesmo dia em que o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, compareceu perante um comitê da Câmara dos Deputados dos EUA liderado pelos republicanos, onde enfrentou horas de questionamentos sobre a forma como o Departamento de Justiça tem lidado com a investigação de Hunter Biden.
(Reportagem de Andrew Goudsward em Washington e Dan Whitcomb em Los Angeles)