Por Gabriella Borter
(Reuters) - A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja Mórmon, vai permitir que filhos de lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros sejam batizados, mas não sancionará o casamento entre pessoas do mesmo sexo, disse sua liderança na quinta-feira.
A decisão, anunciada no site da Igreja na manhã desta quinta-feira, reverte uma política de 2015 que considerava casais do mesmo sexo apóstatas, o que tornava seus filhos inelegíveis para o batismo.
"Queremos reduzir o ódio e a contenda tão comuns hoje em dia", disse a Igreja, que não usa mais o nome Mórmon para se identificar. "Estamos otimistas de que a maioria das pessoas --quaisquer que sejam suas crenças e orientações-- anseia por uma melhor compreensão e por comunicações menos contenciosas."
A diretriz entrou em vigor nesta quinta-feira para os mais de 16 milhões de membros da Igreja, que tem sua sede mundial em Salt Lake City, nos Estados Unidos.
Defensores do movimento LGBT elogiaram a medida, classificando-a como um progresso na luta para acabar com a discriminação contra pessoas LGBT em grupos religiosos.
"Essa declaração da Igreja SUD sobre mudar de rumo é um movimento na direção certa que fará uma diferença real na vida dos mórmons LGBT", disse em um comunicado o Projeto Trevor, um grupo de defesa internacional para jovens LGBT.
A declaração da Igreja enfatizou que a nova diretriz não reflete uma mudança em sua doutrina. A Igreja considera o casamento e o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo como pecados, embora não condene a atração pelo mesmo sexo por si só, de acordo com seu site.