(Reuters) - Ativistas pela igualdade de gênero marcaram o Dia Internacional da Mulher, nesta sexta-feira, com protestos, painéis de discussão e comemorações.
Em um dos primeiros protestos do dia, centenas de mulheres se reuniram no centro de Madri por volta da meia-noite (horário local) para bater panelas e frigideiras e exigir mais direitos para as mulheres em uma sociedade que, segundo elas, ainda é dominada por homens.
A desigualdade de gênero tornou-se uma questão profundamente controversa na Espanha antes da eleição parlamentar de 28 de abril. Um novo partido de extrema-direita, o Vox, cujas pesquisas de opinião apontam que conquistará assentos, defende a revogação de uma lei histórica sobre violência de gênero.
A capital espanhola foi palco de outro protesto contra a violência de gênero e o patriarcado na manhã desta sexta-feira, envolvendo cerca de 200 mulheres ciclistas.
Antes de montarem em suas bicicletas para protestar do lado de fora da sede do conservador Partido Popular (PP), as mulheres leram um manifesto e fizeram uma dança coreografada, cantando: "Sem violência, eles não podem nos controlar".
Muitas usavam jaquetas, calças e bolsas roxas -- cor simbólica usada por ativistas dos direitos das mulheres.
"Não consigo imaginar não estar aqui, sou uma mulher e isso me preocupa diretamente", disse Lucía Sánchez, de 40 anos, que veio de bicicleta com outras amigas.
Em Paris, manifestantes da Anistia Internacional se reuniram diante da embaixada da Arábia Saudita para empunhar cartazes em defesa dos direitos das mulheres e pediram a libertação de mulheres ativistas, incluindo aquelas que fizeram campanha pelo direito de dirigir em um local profundamente conservador.
Em Londres, a duquesa de Sussex, Meghan, deve se juntar à cantora Annie Lennox, à modelo Adwoa Aboah, à ex-primeira-ministra australiana Julia Gillard e a outras pessoas em um painel sobre questões que afetam as mulheres hoje.
A sessão foi convocada pelo Queen's Commonwealth Trust, uma organização da qual Meghan foi anunciada vice-presidente na sexta-feira.
(Reportagem de Sabela Ojea em Madri e Marie-Louise Gumuchian em Londres)