(Reuters) - Um grupo de pais imigrantes recentemente reunidos com seus filhos e detidos no Texas entrou em greve de fome para exigir libertação, informou nesta quinta-feira um grupo de direitos dos imigrantes que os representa.
Os imigrantes disseram estar sendo mantidos em um centro de detenção em Karnes, no Texas, sem notificações de autoridades norte-americanas sobre seu status de imigração, informou o Centro de Refugiados e Imigrantes para Educação e Serviços Legais (Raices).
Não ficou imediatamente claro quantos pais se juntaram à greve de fome, que começou na quarta-feira.
A Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) não comentou se uma greve de fome está acontecendo. A ICE informou em comunicado que respeita os direitos de detidos expressarem suas opiniões e que não irá retaliar de maneira alguma.
“Nós estamos desesperados, nós estamos cansados de estar encarcerados e nós queremos ser libertados com nossos filhos”, dizia uma carta à mídia de um detido chamado “Jorge” e lida em teleconferência organizada pelo Raices. A carta informava representar 400 famílias.
O presidente dos EUA, Donald Trump, transformou uma posição linha-dura sobre imigração em uma parte integral de sua Presidência e prometeu manter imigrantes alvos de deportação presos “pendendo o resultado de seus procedimentos de remoção”.
Cerca de 2.500 crianças foram separadas de seus pais como parte de uma política de “tolerância zero” para imigração ilegal que começou em maio. Muitas das famílias haviam cruzado a fronteira entre EUA e México ilegalmente, enquanto outras buscavam asilo. O governo dos EUA informou na semana passada que havia reunido pouco mais da metade das crianças.
(Reportagem de Andrew Hay)