Por Andrei Khalip e Raquel Castillo
LISBOA/MADRI (Reuters) - Ao menos 39 pessoas morreram em incêndios florestais que assolaram áreas rurais e florestas de Portugal e Espanha no domingo e nesta segunda-feira, forçando moradores a fugir de cidades e vilarejos, disseram autoridades.
Portugal, que ainda se recupera do pior incêndio florestal já ocorrido no país, que deixou 64 mortos em junho, tem ao menos 36 mortes registradas, com a possibilidade de o número subir ainda mais, de acordo com autoridades portuguesas.
Bombeiros ainda estão lutando contra as chamas em ao menos 50 pontos em Portugal e em um número similar na Espanha. O governo de Portugal pediu ajuda internacional e declarou estado de emergência no território a norte do rio Tagus - cerca de metade de seu continente.
Os incêndios, alguns dos quais causados deliberadamente, segundo uma autoridade, foram espalhados pelos fortes ventos provocados pela passagem da tempestade Ophelia pela Península Ibérica.
Os incêndios se propagaram rapidamente durante o fim de semana em uma paisagem afetada por um verão quente, e algumas chamas na região espanhola da Galícia continuavam fora de controle nesta segunda-feira, afirmaram autoridades locais.
Na Espanha, os corpos de duas das três vítimas, ambas mulheres, foram encontrados por bombeiros dentro de um carro queimado em uma estrada na Galícia. A terceira vítima, um homem com cerca de 70 anos, morreu enquanto tentava salvar os animais de sua fazenda, relatou a mídia.