Por Oliver Griffin
BOGOTÁ (Reuters) - Incêndios intensos na região amazônica da Colômbia este ano apontam para o aumento do desmatamento por pessoas que desmatam terras para pecuária e outros usos, alarmando grupos ambientalistas, enquanto autoridades também alertaram para a poluição causada pela fumaça.
A queima está ocorrendo no chamado arco de desmatamento da Colômbia nas províncias de Caquetá, Meta e Guaviare, onde se infiltra em parques nacionais e partes da floresta amazônica. Preservar a floresta é considerado vital para conter as mudanças climáticas.
“A intensidade dos incêndios é maior do que vimos em muitos anos”, disse Rodrigo Botero, diretor geral da Fundação para Conservação e Desenvolvimento Sustentável (FCDS), em entrevista. "Esse é um sinal muito alarmante."
A terra está sendo desmatada para pecuária e mineração ilegal, entre outros usos. O desmatamento na Colômbia aumentou 8% para 171.685 hectares em 2020.
Embora não haja dados disponíveis sobre a área ou o número de incêndios, janeiro teve os pontos mais quentes no bioma amazônico colombiano nos últimos 10 anos, de acordo com um memorando do Ministério do Meio Ambiente publicado na segunda-feira. Fevereiro é o pico da temporada de queimadas na Colômbia.
Embora os pontos quentes possam representar incêndios, eles também podem indicar temperaturas crescentes durante a estação seca do país, disse à Reuters o vice-ministro de Regulação Ambiental, Nicolás Galarza.
"É claro que estamos preocupados", afirmou Galarza. "Queremos verificar porque o aumento é incomum, mas, como eu disse, não há conclusão de que esses pontos de calor sejam incêndios."