NOVA DÉLI E SRINGAR, Índia (Reuters) - A Índia advertiu o Paquistão que vai pagar pelo mortal ataque em um campo do exército indiano no Estado do norte de Jammu e na região da Caxemira, no último incidente de violência na região disputada pelos dois países que aumenta a tensão entre os rivais nucleares.
O Paquistão respondeu dizendo que está "totalmente comprometido e capaz de se defender contra qualquer ato de agressão" e a Índia havia injustamente culpado o vizinho pelo ataque "sem um fio de provas".
O ataque de sábado no campo perto de Jammu, na parte controlada pela Índia da região da maioria muçulmana do Himalaia, foi o pior em meses com seis soldados e o pai de um dos militares morto. Pelo menos três militantes foram mortos, de acordo com autoridades indianas.
O ministro indiano da Defesa, Nirmala Sitharaman, disse aos jornalistas que o Exército tinha provas de que o ataque teve como origem o Paquistão.
"Apurações de inteligência indicam que esses terroristas estavam sendo controlados por seus manipuladores do outro lado da fronteira", disse o ministro na segunda-feira.
"O Paquistão está expandindo o arco do terror ... recorrendo a violações do cessar-fogo para auxiliar a infiltração", disse Sitharaman. "O Paquistão pagará por esse infortúnio", completou.
O Paquistão rejeitou a última acusação da Índia. O país nega ter dado ajuda material aos combatentes separatistas muçulmanos em Caxemira.
"Nós vimos repetidamente que a Índia se arrogou o papel de juiz, júri e executor", afirmou o ministro paquistanês das Relações Exteriores em um comunicado.
Desde a sua independência há 71 anos, a Índia e o Paquistão travaram três guerras, duas pelo controle da Caxemira, em que ambos reivindicam a região na íntegra.