BHUBANESWAR (Reuters) - A polícia prendeu 22 pessoas no leste da Índia após três casos de estupro envolvendo garotas, disseram autoridades neste domingo, à medida que novos ataques contra mulheres vêm à tona apesar de penas mais duras pelo crime.
Relatos de agressão sexual de crianças dominaram as manchetes nas últimas semanas, levando a uma manifestação de fúria em todo o país.
A polícia prendeu 14 homens e uma mulher em um dos últimos casos, depois que uma menina de 16 anos, que havia sido estuprada, foi atacada e queimada até a morte, depois que seus pais denunciaram o crime a um conselho local.
Além das duas pessoas que supostamente sequestraram e estupraram a menina na quinta-feira, no Estado de Jharkhand, a polícia também abriu um inquérito contra outros 18 suspeitos.
Em um incidente separado, uma menina de 17 anos foi estuprada e incendiada por um criminoso, que foi preso.
No Estado vizinho de Odisha, a polícia também prendeu seis pessoas, incluindo um jovem, por um suposto estupro coletivo de um menina de 14 anos na sexta-feira, no distrito de Sambalpur.
Relatos de violência sexual vêm aumentando na Índia, apesar dos protestos que se seguiram à fatal violação de estudante em um ônibus em Nova Délhi, em 2012.
Os incidentes ocorrem menos de um mês após a Índia ter aprovado a pena de morte para a violação de meninas com menos de 12 anos e aumentado o tempo de prisão para o estupro de mulheres mais velhas, depois de um estupro e assassinato de uma menina muçulmana no Estado da Caxemira.
Casos de estupro relatados na Índia aumentaram constantemente nos últimos anos para cerca de 40 mil em 2016.
Acredita-se que muitos casos não sejam reportados. A violação de crianças responde por cerca de 40 por cento dos crimes relatados.
(Reportagem de Jatindra Dash)