Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O democrata mais graduado do Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos disse nesta quarta-feira que se oporá à indicação presidencial de Mike Pompeo para secretário de Estado, o que torna improvável que ele receba o apoio do comitê antes de o Senado votar.
O senador Robert Menéndez criticou o governo do presidente Donald Trump e Pompeo, atual diretor da CIA, em particular por não terem visão estratégica em sua abordagem da política externa como um todo. Ele também repreendeu Pompeo por não revelar sua viagem recente à Coreia do Norte em reuniões com parlamentares.
"Acredito que o principal diplomata de nossa nação deve ser franco, e o que é mais sério, seus sentimentos passados não refletiram os valores de nossa nação e não são aceitáveis no principal diplomata de nossa nação", disse Menéndez em um discurso no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
"E é por isso... que votarei 'não' para que o diretor não seja nosso secretário de Estado", afirmou.
Pompeo, atualmente no comando da Agência Central de Inteligência dos EUA, ainda pode ser confirmado pela totalidade do Senado sem o apoio do comitê.
Mas ele seria o primeiro indicado a secretário de Estado, ao menos desde que tal votação foi tornada pública em 1925, a não receber o endosso do organismo. Seus apoiadores dizem acreditar que, na melhor das hipóteses, ele será confirmado no Senado por uma pequena margem.
O apoio do comitê e do Senado assinalaria ao mundo que o novo chefe da diplomacia de Trump também tem o apoio do Congresso, segundo seus apoiadores.