WASHINGTON (Reuters) - O inquérito do Congresso norte-americano sobre o ataque de 6 de janeiro de 2021 contra o Capitólio por apoiadores do então presidente Donald Trump entrará em uma nova fase na próxima semana, iniciando uma série de audiências públicas com apresentação em horário nobre com o objetivo de lançar os holofotes sobre a violência ocorrida naquele dia.
O Comitê Seleto da Câmara, que está investigando os ataques, anunciou nesta quinta-feira que as primeiras audiências serão realizadas em 9 de junho às 20h (horário da Costa Leste dos EUA). Outras audiências estão marcadas para 13, 15, 16, 21 e 23 de junho, segundo reportagens da imprensa.
O comitê, com sete democratas e dois republicanos, passou boa parte do último ano investigando os eventos que antecederam e motivaram o ataque de milhares de apoiadores de Trump, que invadiram o prédio em uma tentativa mal sucedida de impedir que o Congresso formalmente certificasse a sua derrota na eleição de 2020 para o agora presidente Joe Biden.
Pouco antes da invasão, Trump fez um discurso incendiário repetindo suas acusações falsas que a eleição havia sido roubada por meio de um amplo esquema de fraude eleitoral e incentivando seus apoiadores a marcharem ao Capitólio para “lutar como o diabo”.
O painel conduziu mais de 1.000 audiências, muitas com pessoas próximas a Trump e membros da sua família, ex-assessores da Casa Branca e alguns parlamentares republicanos, sobre a invasão e os eventos que levaram a ela. Coletou mais de 125.000 registros relacionados com o que o comitê chamou de conspiração para depor o governo.
A investigação focou nas tentativas de Trump e seus aliados de promover suas alegações falsas sobre a eleição, com membros do comitê defendendo que o destino da democracia norte-americana está em jogo.