Por Gabrielle Tétrault-Farber
MOSCOU (Reuters) - Um tribunal de Moscou condenou nesta segunda-feira a 15 dias de prisão os quatro membros da banda Pussy Riot que interromperam brevemente a final da Copa do Mundo entre França e Croácia, no domingo, em Moscou, ao invadirem o campo vestindo uniformes falsos de policiais.
A invasão de campo por integrantes da banda punk no início do segundo tempo do jogo no estádio Luzhniki, em Moscou, ocorreu diante do presidente russo, Vladimir Putin, e de outras autoridades mundiais.
O juiz também proibiu os quatro de participar de eventos esportivos durante três anos.
Os quatro eram Veronika Nikulshina, Olga Pakhtusova, Olga Kurachyova e Pyotr Verzilov, o único homem.
Kurachyova disse que sua façanha, que manteve o jogo paralisado apenas brevemente, foi feita para promover a liberdade de expressão e condenar as políticas da Fifa, entidade que controla o futebol mundial.
"É uma pena que tenhamos interrompido os atletas", disse Kurachyova a repórteres na segunda-feira.
"A Fifa está envolvida em jogos injustos, infelizmente. A Fifa é uma amiga dos chefes de Estado que reprimem, que violam os direitos humanos."
Verzilov afirmou que o ato também foi feito para mostrar como "o Estado, na forma da polícia, se intromete na vida das pessoas".