LONDRES (Reuters) - O Irã afirmou, neste sábado, que ativistas curdos atacaram sua embaixada em Paris, e acusou a polícia francesa de chegar tarde demais ao local.
A polícia de Paris confirmou que atendeu, na tarde de sexta-feira, a um incidente na embaixada, mas não quis comentar sobre o tempo de sua resposta.
A agência de notícias Fars disse que cerca de 15 ativistas curdos queimaram a bandeira iraniana em frente ao local e quebraram janelas da embaixada com pedradas.
Eles também jogaram extintores de incêndio e computadores no portão, porém não conseguiram entrar no prédio, de acordo com a Fars.
"O governo francês deveria tomar todas as medidas necessárias para proteger as missões diplomáticas iranianas naquele país", disse neste sábado o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Bahram Qasemi, à agência de notícias estatal Irna.
"Infelizmente, a polícia francesa não chegou a tempo no local, embora os agressores fossem membros de uma organização terrorista", disse.
De acordo com Qasemi, alguns dos agressores foram presos.
A polícia de Paris disse à Reuters que policiais detiveram uma dúzia de indivíduos do lado de fora da embaixada, mas que eles foram libertados quando a embaixada afirmou que não iria prestar queixa contra eles.
No entanto, Qasemi disse que o Irã pediu à França para julgar e punir os agressores e informar o governo iraniano sobre os veredictos.
O Irã acusa a França de apoiar grupos de oposição que buscam a derrubada da República Islâmica e são classificados por Teerã como organizações terroristas. A França rejeitou as acusações iranianas.
Na semana passada, a Guarda Revolucionária do Irã disparou sete mísseis no norte do Iraque contra a sede do Partido Democrático do Curdistão Iraniano (PDKI), um grupo armado de oposição que luta por maior autonomia para a comunidade curda do Irã. De acordo com a mídia iraniana, pelo menos 11 pessoas foram mortas.