(Reuters) - O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse nesta quarta-feira que há perigo de que os confrontos entre forças do Arzebaijão e da Armênia se transformem em uma guerra regional.
Rouhani também afirmou em uma reunião de gabinete que é "totalmente inaceitável" que qualquer bomba-morteiro ou míssil caia em solo iraniano, depois que a mídia local alegou que projéteis perdidos dos combates pelo enclave de Nagorno-Karabakh caíram em aldeias perto da fronteira noroeste do Irã, ferindo uma criança e danificando edifícios.
O Irã apresentou um protesto formal ao Azerbaijão e à Armênia nesta quarta-feira por violações da "integridade territorial" do Irã, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Saeed Khatibzadeh, em um comunicado divulgado pela mídia local.
"Devemos estar atentos para que a guerra entre a Armênia e o Azerbaijão não se transforme em uma guerra regional. A paz é a base de nosso trabalho e esperamos restaurar a estabilidade na região de forma pacífica", disse Rouhani.
"Nossa prioridade é a segurança de nossas cidades e vilas", afirmou ele em declarações transmitidas pela televisão estatal.
Ele também disse que o Irã, que faz fronteira com a Armênia e o Azerbaijão, não permitirá que os Estados "enviem terroristas às nossas fronteiras sob vários pretextos".
Seus comentários seguiram acusações, levantadas inicialmente pelo presidente francês, Emmanuel Macron, de que a Turquia enviou jihadistas sírios à região. Ancara, que é aliada próxima do Azerbaijão e apoia rebeldes que lutam contra as forças do governo sírio, negou.
Os confrontos começaram em 27 de setembro em Nagorno-Karabakh, que, segundo o direito internacional, pertence ao Azerbaijão, mas é povoado e governado por armênios.