Por Parisa Hafezi
ANCARA (Reuters) - O ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, disse nesta quinta-feira que a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de deixar um acordo nuclear multinacional não irá afetar as exportações de petróleo de Teerã.
“A decisão de Trump não terá qualquer impacto em nossa exportação de petróleo... esta época agora é história”, disse à TV estatal.
Trump anunciou a saída norte-americana do acordo nuclear de 2015 na terça-feira e disse estar preparando novas sanções contra o Irã.
Zanganeh disse que investimento estrangeiro é necessário para desenvolver a indústria iraniana do petróleo, mas que a indústria pode sobreviver mesmo que estrangeiros decidam se afastar por medo de penalidades norte-americanas.
“Se estrangeiros investirem no Irã, isto irá acelerar o desenvolvimento de nosso setor petrolífero, mas se não, nós não iremos morrer”, disse.
O Tesouro dos EUA informou na terça-feira que os EUA iriam reimpor uma ampla série de sanções relacionadas ao Irã, incluindo sanções mirando o setor petrolífero do Irã e transações com seu banco central.
Sob o acordo feito em 2015 entre o Irã e seis grandes potências, Teerã concordou em conter seu programa nuclear em troca de suspensão da maior parte de sanções internacionais que debilitavam a economia do país.
Desde a suspensão de sanções em 2016, grandes companhias europeias, parcialmente cautelosas com sanções norte-americanas remanescentes sobre o Irã, têm estado relutantes em fazer negócios com Teerã, que precisa atrair mais de 100 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros para impulsionar sua produção de petróleo.
Novas sanções norte-americanas irão incluir medidas mirando setores de petróleo e transporte, com um período de “desaceleração” de seis meses “para permitir que companhias finalizem contratos, encerrem negócios, e tirem seu dinheiro”, de acordo com o Departamento de Estado norte-americano.