DUBAI (Reuters) - O Irã e os Estados Unidos realizarão conversas indiretas em Viena nesta terça-feira com a meta de levar os dois países a voltarem a cumprir os termos do acordo nuclear de 2015, que Washington abandonou três anos atrás.
O Irã tem violado os limites do acordo ao seu programa nuclear de maneira constante em reação ao desligamento dos EUA do pacto em 2018 e à reativação de sanções que prejudicam a economia da República Islâmica.
Enquanto Teerã rejeita repetidamente "negociações diretas e indiretas" com seu inimigo de longa data, na segunda-feira Washington disse que acredita que conversas indiretas com o Irã sobre a retomada do acordo serão difíceis. Nenhum dos lados prevê um avanço rápido.
Na sexta-feira, um diplomata ocidental disse à Reuters que uma abordagem de diplomacia de vaivém será adotada em Viena.
"O que outras partes do acordo fazem é da conta delas. Onde e como elas negociam com os Estados Unidos diz respeito a elas. A delegação iraniana não terá quaisquer conversas com a delegação dos EUA em Viena em nenhum nível", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Saeed Khatibzadeh, nesta terça-feira, de acordo com a mídia estatal.
Para aumentar as dúvidas sobre as chances de um progresso nesta terça-feira, uma autoridade do Irã disse à Reuters: "Nossa pauta durante a reunião (em Viena) será a retirada de todas as sanções dos EUA contra o Irã... como nosso líder supremo disse várias vezes, qualquer coisa menos do que isso não será aceita por Teerã".
O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, se opõe a uma amenização gradual das sanções.
(Por Parisa Hafezi)