DUBAI (Reuters) - O Irã equipou a marinha de sua Guarda Revolucionária com drones e mísseis com alcance de 1.000 km, informaram as agências de notícias iranianas neste sábado, à medida que os Estados Unidos se ofereceram para colocar guardas em navios comerciais que atravessam o Estreito de Ormuz.
Referindo-se à possível presença de guardas norte-americanos, o porta-voz das forças armadas iranianas, general de brigada Abolfazl Shekarchi, disse que os países da região eram "capazes de garantir a segurança do Golfo Pérsico" por conta própria.
"O que o Golfo Pérsico, o Golfo de Omã e o Oceano Índico têm a ver com os Estados Unidos? Qual é o interesse em estar aqui?", disse Shekarchi, segundo a agência semi-oficial de notícias Tasnim.
A agência de notícias estatal IRNA disse que as armas da Guarda Revolucionária incluem "vários tipos de drones (...) e várias centenas de mísseis balísticos e de cruzeiro com alcance de 300 a 1.000 km estão entre os sistemas e equipamentos que foram acrescentados às capacidades da marinha da Guarda hoje"
No início desta semana, Washington disse que em breve poderia se oferecer para colocar marinheiros e fuzileiros navais armados em navios comerciais na região, após o Irã ter apreendido e intimidado embarcações.
No mês passado, os EUA afirmaram que enviariam mais caças F-35 e F-16, juntamente com um navio de guerra para o Oriente Médio, para monitorar as vias navegáveis. Cerca de um quinto do petróleo bruto do mundo passa pelo Estreito de Ormuz, entre o Irã e Omã.
Normalmente, Teerã diz que as embarcações detidas cometeram violações de navegação. Algumas foram liberadas somente depois que países estrangeiros libertaram navios iranianos detidos.
(Redação de Dubai)