BAGDÁ (Reuters) - O Ministério da Defesa do Iraque disse nesta quarta-feira que o segundo homem no comando do Estado Islâmico foi morto durante um ataque aéreo da aliança a uma mesquita onde ele estava reunido com outros militantes, no norte do país.
"Com base em informações precisas de inteligência, um ataque aéreo das forças da aliança atingiram o segundo no comando do Estado Islâmico, Abu Alaa al-Afari", disse o ministério em nota divulgada em seu site.
Abu Alaa al-Afari, cujo nome real é Abdul Rahman Mustafa Mohammed, é de etnia turcomena, da cidade de Tel Afar, no noroeste iraquiano. Ele é considerado o segundo na hierarquia de comando do Estado Islâmico, após o autoproclamado califa Abu Bakr al-Baghdadi. O Pentágono informou que estava ciente dos relatos, mas não poderia confirmá-los.
Segundo alguns relatos, Baghdadi teria ficado incapacitado devido a um ataque aéreo na mesma parte do Iraque recentemente, e Afari era apontado como possível sucessor na liderança da organização. O Pentágono, em Washington, negou essas informações, dizendo que Baghdadi continua capaz de direcionar operações e não foi ferido em nenhum ataque.
Uma aliança de mais de 60 países, liderada pelos Estados Unidos, iniciou uma campanha no ano passado para "degradar e destruir" o Estado Islâmico, grupo militante islâmico que tomou grandes áreas no Iraque e Síria.
Não foi possível confirmar de forma independente o relato do Ministério da Defesa, e no passado o governo iraquiano já anunciou equivocadamente a morte de outros militantes do Estado Islâmico.
(Reportagem de Isabel Coles)