BAGDÁ/SUL DE MOSUL (Reuters) - Forças iraquianas apoiadas pelos Estados Unidos realizaram neste domingo uma ofensiva em solo para afastar militantes do Estado Islâmico do reduto remanescente em Mosul, na parte ocidental da cidade, e colocar um fim nas ambições do grupo de um regime territorial no Iraque.
O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, anunciou o início da ofensiva, pedindo que forças iraquianas "respeitem os direitos humanos" durante o confronto e que cuidem dos deslocados pelo conflito.
Militantes do Estado Islâmico estão sob cerco no oeste de Mosul, junto a uma estimativa de 650 mil civis, após terem sido retirados a força da parte leste da cidade durante a primeira fase de uma ofensiva concluída no mês passado, depois de 100 dias de confrontos.
Até 400 mil civis podem ser deslocados pela ofensiva, à medida que moradores do oeste de Mosul sofrem por falta de comida e combustível e mercados estão fechados, disse no sábado a coordenadora humanitária da Organização das Nações Unidas para o Iraque, Lise Grande, à Reuters.
Unidades da Polícia Federal do Iraque estão liderando uma operação em distritos de Mosul que ficam a oeste do rio Tigre, buscando capturar o aeroporto de Mosul, no sul da cidade, de acordo com comunicados do comando conjunto das Forças Armadas.
Elas capturaram diversos vilarejos e uma estação local de distribuição de energia nas primeiras horas e mataram diversos militantes, incluindo atiradores de elite, segundo os comunicados.
O Estado Islâmico aumentou sua insurgência em retaliação aos retrocessos militares que, durante o ano passado, forçaram o grupo a deixar a maior parte das cidades iraquianas que havia capturado em 2014 e 2015.
Dois militantes se explodiram neste domingo no leste de Mosul, matando três soldados e dois civis e ferindo uma dúzia de pessoas, disseram fontes da segurança.