SEUL (Reuters) - Kim Yo-jong, irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, disse nesta segunda-feira que os Estados Unidos devem evitar qualquer "ato tolo" que possa colocar sua segurança em risco e rejeitou ofertas de negociações como uma manobra, informou a agência de notícias estatal KCNA.
Kim fez seus comentários depois que o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que os EUA continuam preocupados com a possibilidade de a Coreia do Norte realizar outro teste de míssil balístico intercontinental (ICBM), após o país asiático ter disparado na semana passada um ICBM em sua costa leste.
"Os EUA devem parar com seu ato tolo de provocar a RPDC, mesmo colocando em risco sua segurança", disse Kim em um comunicado divulgado pela KCNA. A sigla RPDC se refere ao nome oficial do país, República Popular Democrática da Coreia.
Ela criticou os planos dos EUA de uma visita de um submarino de mísseis balísticos com armas nucleares à Coreia do Sul e disse que tais esforços para aumentar a "dissuasão estendida" apenas afastariam Pyongyang da mesa de negociações.
Kim, uma poderosa autoridade do partido governista, também rejeitou os pedidos dos EUA para negociações incondicionais e disse que Washington estava errado se acreditava que o desarmamento da Coreia do Norte era possível.
"É um devaneio para os EUA pensar que pode parar o avanço da RPDC e, além disso, alcançar o desarmamento irreversível por meio da suspensão temporária de exercícios militares conjuntos, interrupção do envio de ativos estratégicos e alívio reversível das sanções", disse ela.
Nos últimos dias, a Coreia do Norte acusou aviões espiões norte-americanos de sobrevoar sua zona econômica exclusiva, condenou uma recente visita à Coreia do Sul de um submarino norte-americano de mísseis de cruzeiro movido a energia nuclear e prometeu tomar medidas em reação.