Por David Morgan
WASHINGTON (Reuters) - Um dos irmãos de George Floyd, cuja morte provocou protestos em todo o mundo, deve falar com um painel do Congresso dos Estados Unidos liderado pelos democratas nesta quarta-feira, à medida que os parlamentares se encarregam das queixas de violência policial e injustiça racial.
Philonise Floyd, 42 anos, da cidade de Missouri, no Texas, testemunhará perante o Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados, juntamente com o advogado da família, Ben Crump, e outros 10 na primeira audiência do Congresso para examinar as tendências sociais e políticas que alimentaram semanas de protestos em todo o país e no exterior.
A morte de George Floyd em 25 de maio, depois que um policial branco se ajoelhou em seu pescoço por quase nove minutos, foi a mais recente de uma série de assassinatos de homens e mulheres afro-americanos pela polícia que despertaram ira nas ruas dos EUA e novos pedidos por reformas.
"Para cada incidente de força excessiva que aparece nas manchetes, a verdade é que existem inúmeros outros sobre as quais nunca ouvimos falar", disse Jerrold Nadler, presidente do Comitê Judiciário da Câmara, nesta semana. "Este é um problema sistêmico que requer uma solução abrangente."
O painel está se preparando para encaminhar um pacote de leis abrangente, destinado a combater a violência policial e a injustiça racial, no plenário da Câmara até 4 de julho, e espera realizar novas audiências na próxima semana para preparar o projeto para uma votação completa na Câmara.
A audiência também fornecerá uma plataforma para os republicanos, que responderam aos protestos, enfatizando seu apoio à polícia e acusando os democratas de querer cortar o financiamento da corporação.
"Onde você demoniza a polícia, eles param de se envolver com a comunidade. Se permanecermos com a polícia, será melhor para todos os americanos", tuitou o congressista republicano Matt Gaetz na terça-feira.