Por Parisa Hafezi e Sylvia Westall
VIENA/BEIRUTE (Reuters) - O Irã sinalizou nesta sexta-feira apoio a um período de transição de seis meses na Síria, seguido de eleições, para decidir o destino do presidente Bashar al-Assad, em uma proposta apresentada em conversações de paz como uma concessão, mas que inimigos do líder sírio apontaram como um truque para mantê-lo no poder.
Fontes que descreveram a proposta iraniana disseram que a oferta deixou o aliado mais próximo de Assad perto de abandonar sua insistência sobre a permanência dele no cargo.
Mas os inimigos de Assad dizem que uma nova eleição seria o mesmo que mantê-lo no poder, a menos que outras medidas sejam tomadas para removê-lo.
O governo de Assad realizou uma eleição no ano passado, que ele venceu com facilidade. Seus adversários sempre rejeitaram qualquer proposta por uma transição a menos que ele seja removido.
Autoridades iranianas participaram de negociações internacionais de paz sobre a Síria pela primeira vez nesta sexta-feira em Viena, um mês após o equilíbrio de poder na guerra civil síria mudar a favor de Assad com o início de ataques aéreos da Rússia contra inimigos do governo.
O Irã parece estar ajustando sua posição de forma a criar terreno para se alcançar um acordo com os países ocidentais que passaram a concordar que Assad não pode ser expulso do poder pela força.