MADRI (Reuters) - Membros de uma célula suspeita de militantes islâmicos presos nesta semana na Espanha tentavam obter explosivos para bombardear uma livraria judia em Barcelona, declarou um magistrado nesta sexta-feira.
Outros alvos em potencial do grupo eram sinagogas e edifícios de entidades públicas na região da Catalunha, como a polícia e o Parlamento, informou o magistrado num relatório depois de receber informações de promotores.
O relatório diz que sete das 11 pessoas presas na quarta-feira no nordeste catalão estão sendo formalmente investigadas --o passo anterior à acusação-- e que serão mantidas sob custódia enquanto aguardam julgamento, acrescentou.
Todos eles, com exceção de um, são suspeitos de pertencerem a uma célula de militantes de perfil semelhante ao movimento jihadista Estado Islâmico, e o último deles é suspeito de ajudar a célula e de possuir armas e explosivos, segundo o documento.
Três outras pessoas presas receberam liberdade condicional e uma quarta é menor de idade e irá passar seis meses em um reformatório juvenil.
A Espanha vem fechando o cerco a possíveis militantes em reação aos ataques islâmicos ao jornal satírico francês Charlie Hebdo em Paris em janeiro, que deixou 17 mortos. Neste ano, mais de 30 pessoas já foram presas em solo espanhol.
Autoridades encontraram 25 sacolas vazias que pertenciam a uma das pessoas e que continha resíduos de produtos químicos que podem ser usados para fabricar explosivos, afirma o relatório.
(Por Sarah White e Inmaculada Sanz)