Por Louis Charbonneau
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - Israel acusou uma alta representante da ONU de conduta imprópria na preparação de um relatório que criticou duramente o Exército israelense durante a guerra de 2014 em Gaza e deixou de fora uma lista negra de Estados e grupos armados que violam os direitos das crianças em conflitos.
No mais recente relatório sobre crianças em conflitos armados, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que "a escala sem precedentes e inaceitável do impacto sobre crianças em 2014 levanta graves preocupações sobre o cumprimento, por Israel, da lei humanitária internacional… e o excessivo uso da força".
Embora formalmente tenha sido mostrado sob o nome de Ban, o relatório foi preparado por sua enviada para questões sobre crianças e conflitos armados, a argelina Leila Zerrougui.
O embaixador israelense na ONU, Ron Prosor, acusou-a de "conduta enviesada contra Israel." Ele também negou que Israel tenha violado a lei internacional durante a guerra.
Em uma carta para Ban, vista pela Reuters, Prosor expressou "profundas preocupações sobre a conduta imprópria - em todo nível de trabalho - do gabinete de… Zerrougui no processo de elaboração e produção do relatório".
Mais de 2.100 palestinos, a maioria civis - incluindo 540 crianças-, foram mortos durante a guerra na Faixa de Gaza no ano passado entre o Hamas e Israel, que durou 50 dias. Do lado israelense, 67 soldados e seis civis foram mortos.