Por Jeffrey Heller e Maayan Lubell
JERUSALÉM (Reuters) - Israel seguiu adiante, nesta quarta-feira, com planos para construir 3.000 casas para colonos judeus na Cisjordânia ocupada, desafiando a maior crítica até agora do governo do presidente dos EUA, Joe Biden, a esse tipo de projeto.
Um autoridade palestina de alto escalão afirmou que a decisão mostrava que o novo governo de Israel, liderado pelo político de extrema-direita Naftali Bennett, não era “menos extremo” do que a administração do líder veterano que ele substituiu, Benjamin Netanyahu.
Uma autoridade israelense de defesa disse que um fórum de planejamento do gabinete de relações de Israel com os palestinos deu aprovação preliminar para o plano de construir 1.344 unidades de moradia e a liberação final para construir 1.800 casas.
Dependerá do ministro da Defesa, Benny Gantz, um centrista no governo politicamente diverso de Israel, aprovar a emissão de licenças de construção. Deve haver mais atrito com Washington pela frente.
“Este governo está tentando equilibrar suas boas relações com o governo Biden e as várias restrições políticas”, disse uma autoridade sênior de Israel à Reuters.
Os Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira que estavam “profundamente preocupados” com os planos de Israel para construir milhares de unidades de assentamento.
O governo Biden classificou essa medida como danosa às perspectivas da solução dos dois Estados para o conflito entre israelenses e palestinos, e disse que é fortemente contra a expansão dos assentamentos.
(Reportagem adicional de Dan Williams, em Jerusalém; Nidal al-Mughrabi, em Gaza; e Humeyra Pamuk, Simon Lewis e Matt Spetalnick, em Washington)