Por Rami Ayyub e Ronen Zvulun
LOD, Israel (Reuters) - Judeus retiraram rolos da Torá de uma sinagoga incendiada nesta quarta-feira, e carros incinerados se enfileiravam em ruas próximas de uma cidade israelense etnicamente diversificada abalada por episódios de violência denunciados pelo presidente como atos "imperdoáveis" de árabes revoltados com ataques aéreos em Gaza.
Agindo para coibir mais violência em Lod, que também testemunhou agressões de judeus contra transeuntes árabes, a polícia declarou um toque de recolher noturno e mobilizou reforços fortemente armados.
Em várias outras áreas povoadas pela minoria árabe de 21% de Israel, bandeiras palestinas enfeitaram postes de eletricidade e centenas de moradores participaram de protestos, às vezes se chocando com a polícia ou com vizinhos judeus.
"Perdemos o controle da cidade e das ruas", disse o prefeito de Lod, Yair Revivo, à televisão Channel 12 News depois de confrontos noturnos nos quais um cidadão árabe foi morto a tiro --dois judeus foram presos suspeitos pelo crime.
Dezenas de outras pessoas foram presas em Lod e em cidades pequenas de maioria árabe do centro e do norte de Israel, incluindo Umm al-Fahm, situada ao longo da fronteira da Cisjordânia, e Jisr al-Zarqa, no litoral do Mar Mediterrâneo, disse a polícia.
A tensão aumentou nas cidades árabe-judias depois que Israel realizou ataques aéreos em Gaza e militantes palestinos dispararam foguetes em Israel, uma escalada da violência desde os choques em Jerusalém Oriental na manhã de segunda-feira.