Por Maayan Lubell e James Mackenzie
JERUSALÉM (Reuters) - Israel intensificará os ataques aéreos contra os depósitos sírios de armamentos avançados, disseram autoridades israelenses na segunda-feira, e manterá uma presença "limitada" de tropas no local, na esperança de evitar qualquer ameaça que possa surgir como consequência da derrubada do presidente Bashar al-Assad.
Israel tem observado a agitação na Síria com um misto de esperança e preocupação, enquanto avalia as consequências de uma das mudanças estratégicas mais significativas no Oriente Médio em anos.
Embora a queda de Assad tenha eliminado um bastião a partir do qual o inimigo de Israel, o Irã, exercia influência na região, o avanço relâmpago de um grupo díspar de forças rebeldes com raízes na ideologia islâmica da Al Qaeda apresenta riscos.
O ministro da Defesa, Israel Katz, disse que os militares vão "destruir armas estratégicas pesadas em toda a Síria, incluindo mísseis terra-ar, sistemas de defesa aérea, mísseis superfície-superfície, mísseis de cruzeiro, foguetes de longo alcance e mísseis costeiros".
Uma autoridade israelense sênior afirmou que os ataques aéreos persistirão nos próximos dias, enquanto o ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, disse que Israel não tem interesse em interferir nos assuntos internos da Síria e está preocupado apenas em defender seus cidadãos.
"É por isso que atacamos sistemas de armas estratégicas como, por exemplo, armas químicas remanescentes ou mísseis e foguetes de longo alcance para que não caiam nas mãos de extremistas", disse Saar a repórteres em Jerusalém.
Ainda se recuperando do ataque do grupo militante palestino Hamas em outubro de 2023, Israel também está procurando evitar qualquer ameaça futura de seu vizinho.