Por Nidal al-Mughrabi e Dan Williams
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Protestos de palestinos na fronteira de Gaza com Israel cessaram nos dois últimos dias, com Israel indicando nesta quarta-feira o que chamou de esforços egípcios para restaurar calma após dezenas de palestinos serem mortos por forças israelenses.
O Hamas, movimento islamita dominante em Gaza, negou que estava sob pressão do vizinho Egito para diminuir as manifestações, que já duram seis semanas, e disse que elas continuarão, embora menos palestinos estejam se reunindo agora nas tendas de protesto.
Médicos de Gaza disseram que dois palestinos foram mortos a tiros durante os protestos de terça-feira na fronteira de 51 quilômetros de comprimento. Na segunda-feira, 60 foram mortos em um comparecimento bem maior no dia em que os Estados Unidos inauguraram sua embaixada em Jerusalém.
Ao se defender da censura estrangeira contra as ações de seu Exército, Israel --com o apoio dos Estados Unidos-- acusou o Hamas de usar civis como cobertura para ataques feitos através da cerca da fronteira e como distração dos problemas internos de Gaza. O Hamas nega isso.
Em resposta à mudança de embaixada dos EUA e às mortes em Gaza, a Turquia expulsou o embaixador de Israel e o cônsul israelense em Istambul, disse Ancara nesta quarta-feira. Israel respondeu à expulsão de seu enviado com a expulsão do cônsul turco em Jerusalém.