JERUSALÉM (Reuters) - Três palestinos foram mortos a tiros neste sábado, no que Israel chamou de "ataques com faca frustrados", mas uma testemunha palestina de um dos incidentes disse que as mortes são resultado de violência de colonos judeus. As tensões entre os dois lados estão elevadas após mais de duas semanas de conflitos.
Pelo menos 40 palestinos e sete israelenses morreram no período. A violência começou pela revolta palestina sobre o que chamam de crescente invasão de Israel ao complexo da mesquita de Al-Aqsa.
A polícia fronteiriça de Israel interrogou um jovem de 16 anos por caminhar "de maneira suspeita" em um bairro próximo de Jerusalém Oriental, disse um porta-voz da polícia. O adolescente sacou uma faca e tentou atingir os policiais, que o mataram a tiros, segundo o porta-voz.
Um segundo tiroteio ocorreu perto de um assentamento judaico na cidade de Hebron, na Cisjordânia. Os militares de Israel disseram que um palestino tentou esfaquear um civil israelense, que portava uma arma e matou o agressor a tiros.
Uma estudante palestina que testemunhou a cena diz que colonos judeus atacaram um palestino desarmado, segundo relato do pai da garota, que conversou com a Reuters.
Também em Hebron, uma palestina esfaqueou uma policial de fronteira de Israel, causando um corte em sua mão, de acordo com porta-voz da polícia. A agente teria reagido e matado a palestina.
Mais de 40 palestinos morreram nas últimas duas semanas, incluindo agressores com facas e manifestantes atingidos por tiros das forças de segurança de Israel durante confrontos. Sete israelenses morreram em ataques nas ruas e em ônibus.