Por Nidal al-Mughrabi
GAZA (Reuters) - Grupos militantes palestinos e Israel concordaram em encerrar o acirramento de tensões que durava semanas ao longo da fronteira da Faixa de Gaza, anunciaram nesta segunda-feira o governo de Israel e o Hamas, grupo islâmico que governa Gaza.
Com o acordo, mediado por um enviado do Catar, o Hamas deve encerrar o lançamento de balões incendiários e Israel encerraria os ataques aéreos, segundo uma autoridade palestina com conhecimento sobre o processo de mediação.
A agência israelense Cogat, que atua fazendo o contato com os territórios palestinos, confirmou que, após consultas de segurança lideradas pelo ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, o principal ponto de travessia de produtos para Gaza seria reaberto e pescadores poderiam retomar seus trabalhos em uma área de até 15 milhas náuticas.
Uma nota da agência disse que as decisões estavam "sujeitas à permanência da calma e da estabilidade da segurança", mas alertou que se o Hamas falhasse em cumpri-las, Israel "agiria de acordo".
O Hamas disse que entendimento iria facilitar o caminho para a implementação de projetos "que irão servir ao povo de Gaza, e aliviar o sofrimento em meio à onda de coronavírus".
Palestinos e grupos humanitários pediram o fim do bloqueio liderado por Israel a Gaza, temendo ainda mais dificuldades após o primeiro surto de Covid-19 no território na semana passada.
Israel diz que as restrições são necessárias por temores de segurança em relação ao Hamas, que é considerado uma organização terrorista pelo governo israelense.