Por Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Israel e o movimento militante Jihad Islâmica em Gaza concordaram com uma trégua que entrará em vigor às 22h (16h no Brasil), disseram autoridades palestinas, sinalizando o fim do pior episódio de fogo na fronteira desde uma guerra de 10 dias em 2021.
O Egito, que intermediou o cessar-fogo, pediu a todos os lados que adiram ao acordo, informou o canal de televisão egípcio Al-Qahera News.
"À luz do acordo do lado palestino e do lado israelense, o Egito anuncia que um cessar-fogo entre o lado palestino e israelense foi alcançado", dizia um texto do acordo visto pela Reuters, e acrescentou que a trégua começaria às 22h.
"Os dois lados respeitarão o cessar-fogo, que incluirá o fim do ataque a civis, a demolição de casas e o fim de ataque a indivíduos imediatamente quando o cessar-fogo entrar em vigor", informava o comunicado.
Não houve confirmação imediata das autoridades israelenses.
Mesmo quando a trégua estava sendo finalizada, os dois lados continuaram atirando, com sirenes de alerta soando no sul de Israel e os militares de Israel anunciando que atingiram seis postos de comando operacional da Jihad Islâmica.
Israel lançou a última rodada de ataques aéreos nas primeiras horas da terça-feira, anunciando que visava comandantes da Jihad Islâmica que planejaram ataques em Israel.
Em resposta, o grupo apoiado pelo Irã disparou centenas de foguetes, enviando um milhão e meio de israelenses para abrigos antiaéreos.
Durante os cinco dias da campanha, Israel matou seis comandantes seniores da Jihad Islâmica e destruiu várias instalações militares, mas os ataques aéreos também mataram pelo menos 10 civis, incluindo mulheres e crianças.
(Reportagem de Ali Sawafta, Dan Williams, Nidal al-Mughrabi e Maayan Lubell)