ROMA (Reuters) - Quase 2.500 imigrantes em botes foram resgatados nos últimos três dias, disse a guarda-costeira italiana nesta quinta-feira, à medida que as chegadas de 2017 já apresentam ritmo bem maior do que o ano recorde de 2016.
Cerca de 1.100 foram retirados de nove embarcações precárias na região da costa da Líbia nesta quinta, afirmou a guarda-costeira, depois que um total de 1.360 foram pegos nos dois dias anteriores.
Desde o início do ano, já houve mais do que 10.700 chegadas pelo mar, declarou o Ministério do Interior nesta quinta, um número um terço maior do que o registrado no mesmo período no ano passado.
"A situação é mais dramática do que nunca”, afirmou Mathilde Auvillain, porta-voz a bordo do Aquarius, um navio de resgate do SOS Mediterrâneo e do Médicos Sem Fronteiras.
No ano passado, um recorde de 181 mil imigrantes alcançaram a Itália com botes, e mais de 5.000 morreram no Mediterrâneo. Desde 2015, mais de um milhão e meio de imigrantes chegaram à Europa.
Para interromper o fluxo, a Itália e a União Europeia prometeram neste mês financiar campos de imigrantes na Líbia administrados pelo governo apoiado pelas Nações Unidas e fornecer equipamentos e treinamento para o combate aos traficantes de pessoas.
(Reportagem de Steve Scherer)