ROMA (Reuters) - A Itália fechou sua embaixada na Líbia no domingo devido à piora do conflito no local e intensificou o seu apelo para uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU) para ajudar a acalmar a situação.
A Líbia está desmoronando-se como um Estado com dois governos rivais operando suas próprias forças armadas sob parlamentos separados, quase quatro anos após a guerra civil que levou à derrubada e morte do líder Muammar Gaddafi.
"A deterioração da situação na Líbia tornou necessário o fechamento (da embaixada)", disse o ministro das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, em comunicado. Funcionários da embaixada foram enviados de volta para a Itália por barco, disse o ministério.
A intensificação da violência na Líbia, onde o Estado Islâmico também é ativo, é particularmente alarmante para a Itália, porque os dois países estão separados apenas por um trecho relativamente estreito de mar. Muitos migrantes tentam a travessia do norte da África para a Itália em barcos precários.
A ministra da Defesa, Roberta Pinotti, disse em entrevista ao jornal Il Messaggero no domingo que grupos na Líbia que foram infiltrados por extremistas devem ser "anestesiados" e uma missão de manutenção da paz deve ser realizada em todo o país.
"Se nós enviamos 5.000 homens até o Afeganistão, em um país como a Líbia que nos interessa mais e em que o risco de deterioração é muito mais preocupante para a Itália, a nossa missão pode ser substancial e exigente, também em termos de números", disse Pinotti.
Nenhuma decisão foi tomada sobre exatamente como proceder, disse Pinotti na entrevista publicada dois dias depois de Gentiloni dizer que a Itália estava "pronta para lutar" na Líbia, se necessário.
No início do século 20, a Itália foi o poder colonial na Líbia e ainda segue de perto os assuntos do país.
(Reportagem de Isla Binnie)