Por Giuseppe Fonte e Gavin Jones
ROMA (Reuters) - A Itália fechou todas as escolas e universidades e preparou medidas de emergência nesta quarta-feira para tentar conter a proliferação do coronavírus no país mais atingido da Europa, já que o total de mortes e o número de casos disparou.
Vinte e oito pessoas morreram da doença altamente contagiosa na Itália nas últimas 24 horas, elevando o número total de mortos para 107, informou a Agência de Proteção Civil.
A ministra da Educação, Lucia Azzolina, disse que escolas e universidades de toda a nação serão fechadas de quinta-feira até ao menos 15 de março.
Aquelas nas regiões do norte mais afetadas pela epidemia já foram fechadas.
A quantidade de casos surgidos desde que o surto veio à tona 13 dias atrás subiu de 2.502 para 3.089 até terça-feira. Das pessoas que contraíram a doença, cerca de 3,5% morreram, disse o chefe da agência, Angelo Borrelli.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse aos repórteres que o governo está preparando um decreto para tentar frear as infecções, que vêm aumentando em cerca de 500 por dia.
"Nossos hospitais, apesar de sua eficiência, correm o risco de ficarem sobrecarregados, temos um problema com unidades de tratamento intensivo", disse Conte, acrescentando que delineará as novas medidas ainda nesta quarta-feira.
Um esboço do decreto visto pela Reuters ordena "a suspensão de eventos de qualquer natureza... que impliquem na concentração de pessoas e não permitam que uma distância de segurança de ao menos um metro seja respeitada".
O texto pede o fechamento de cinemas e teatros e exorta os italianos a não trocarem apertos de mão ou se abraçarem e evitarem "contato físico direto com as pessoas".
(Reportagem adicional de Angelo Amante e Gabriele Pileri)