Por Ginger Gibson
WASHINGTON (Reuters) - O ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden recebeu nesta quarta-feira duras críticas de alguns de seus rivais na disputa da indicação do Partido Democrata para a candidatura presidencial após comentários feitos sobre o tempo em que trabalhava com civilidade ao lado de segregacionistas que trabalhavam no Senado na década de 1970.
O senador norte-americano Cory Booker, que também busca a nomeação democrata, pediu que Biden se desculpe.
"Francamente, estou decepcionado que ele não tenha soltado um pedido desculpas imediato pela dor que suas palavras estão causado em muitos americanos. Ele deveria se desculpar", disse Booker, que é negro, em nota.
Em uma tumultuada disputa primária que até então era civilizada, as críticas desta quarta-feira expuseram tensões raciais e geracionais entre os democratas, que possuem os quadros mais diversos de sua história.
A campanha de Biden defendeu seus comentários, dizendo que ele não estava apoiando as posições dos segregacionistas que havia citado, mas que estaria usando-os como um exemplo de quem ele discordava.
"E acredito que qualquer um que tenha trabalhado com Joe Biden, você sabe, se foi no Senado ou se foi durante os oito anos que ele cumpriu como o vice-presidente de Obama, sabe que ele é um homem comprometido com a igualdade e com os direitos civis neste país", disse Anita Dunn, uma assessora sênior de Biden, à rede MSNBC.
Biden, de 76 anos, lidera as primeiras pesquisas para enfrentar o republicano Donald Trump nas eleições de 2020.