Por Ginger Gibson
WASHINGTON (Reuters) - Joe Walsh, um ex-congressista conservador dos EUA que virou apresentador de talk show, tornou-se neste domingo o segundo republicano a desafiar o presidente Donald Trump pela indicação do partido à Casa Branca em 2020.
Walsh criticou Trump, que tem um forte apoio entre os republicanos, como um valentão que não está apto para o cargo ao anunciar sua candidatura.
"Estou concorrendo porque ele não está apto", disse Walsh, de 57 anos, ao programa "This Week" da ABC. "Alguém precisa ir em frente."
"Ele é um valentão, um covarde e alguém precisa tirá-lo", disse Walsh. "A aposta ... da minha campanha é que existem muitos republicanos que se sentem como eu. Eles têm medo de avançar."
Questionado sobre as críticas de Walsh ao presidente e à decisão de concorrer, o porta-voz de Trump respondeu: "Tanto faz".
O Comitê Nacional Republicano, responsável por supervisionar os processos partidários, como as primárias, rejeitou o anúncio de Walsh. O partido já combinou operações com a campanha de reeleição de Trump, incluindo a realização de eventos conjuntos.
"O presidente Trump desfruta de apoio sem precedentes entre os republicanos. Ele já entregou uma longa lista de realizações incríveis para os conservadores e o país. Os republicanos estão firmemente apoiando o presidente e qualquer esforço para desafiá-lo nas primárias provavelmente não chegará a lugar algum", afirmou a presidente do Partido Republicano, Ronna McDaniel, em comunicado.
Walsh ganhou um assento na Câmara dos Deputados de Illinois como candidato ao movimento conservador do Tea Party do Partido Republicano em 2010, mas foi derrotado pela democrata Tammy Duckworth em sua candidatura à reeleição em 2012. Depois de deixar o Congresso, ele se tornou apresentador de um programa de rádio na área de Chicago.
Bill Weld, ex-governador de Massachusetts, vinha sendo o único republicano tentando derrubar Trump, mas sua candidatura até agora não conseguiu ganhar força.
(Reportagem adicional de Doina Chiacu e Tim Ahmann)