Por Lori Ewing
MANCHESTER, Inglaterra (Reuters) - Os jogadores de futebol podem estar se aproximando de uma greve por causa da quantidade de jogos que precisam disputar, alertou o meio-campista Rodri, do Manchester City, nesta terça-feira, às vésperas da estreia do time inglês na Liga dos Campeões contra a Inter de Milão.
Os formatos ampliados da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes da Fifa, além de competições ampliadas das seleções nacionais, aumentaram o número de jogos para os principais times e jogadores, e Rodri é o personagem mais recente a dizer que a carga de trabalho é grande demais.
"Acho que estamos perto disso (de fazer greve)", disse Rodri a repórteres. "É a opinião geral dos jogadores e, se continuar assim, não teremos outra opção. Eu realmente acho que é algo que nos preocupa. Nós somos os caras que sofrem."
O número ideal de jogos "em que um jogador pode atuar no mais alto nível" é entre 40 e 50 ao ano, disse o espanhol.
"Depois disso, você cai porque é impossível manter o nível físico", acrescentou. "Este ano, vamos até 70, talvez 80 (jogos), depende de até onde você vai nas competições".
"Acho que é demais. Temos de cuidar de nós mesmos, porque somos os personagens principais desse esporte ou negócio. Nem tudo é dinheiro ou marketing, é também a qualidade do espetáculo. Quando eu descanso, quando não estou cansado, meu desempenho é melhor. E se as pessoas querem ver um futebol melhor, precisamos descansar."