LAUSANNE, Suíça (Reuters) - O Comitê Olímpico Internacional (COI) não tem preocupações em trabalhar com o presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu governo antes da Olimpíada de Los Angeles em 2028, dado que o republicano tem apoiado o evento, afirmou nesta quinta-feira o presidente da entidade, Thomas Bach.
A cidade-sede foi escolhida em 2017, quando Trump cumpria seu primeiro mandato. Ele se encontrou com Bach na Casa Branca naquele ano, pouco antes de os Jogos terem ido para a cidade da Califórnia.
Embora os Jogos de Los Angeles não dependam de dinheiro federal, como a maioria das outras edições do evento, uma vez que o projeto tem financiamento privado, o governo federal tem um papel importante em prover segurança, transporte e assistência de viagem, entre outras questões.
“Está nas melhores mãos do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC), e do comitê organizador”, afirmou Bach em coletiva de imprensa, quando perguntado sobre o relacionamento do COI com o novo governo, que assumirá o poder em janeiro.
“Quando eles (comitê dos EUA) acharem apropriado, o COI estará ao lado deles. Estamos muito confiantes acerca dos passos e esforços que estão sendo realizados pelo comitê organizador e pelo USOPC, entrando em contato antecipadamente com a equipe que está assumindo”, afirmou.
“Vimos que o presidente eleito Trump declarou repetidamente apoio aos Jogos, algo do qual nunca tivemos dúvida. Ele declarou seu apoio desde o início”, completou.
O primeiro governo Trump impôs, em 2017, uma proibição de entrada de pessoas de vários países muçulmanos, algo que o presidente disse ser necessário à época para proteger os EUA de militantes islâmicos.
Isso causou preocupação no mundo dos esportes, pois as Olimpíadas reúnem mais de 10.500 atletas de mais de 200 países. Dezenas de milhares mais são equipes de apoio, técnicos, árbitros, mídia e torcedores estrangeiros.
O atual presidente, Joe Biden, derrubou a proibição de entrada em 2021.
(Reportagem de Karolos Grohmann)