Por Brian Love
PARIS (Reuters) - Johnny Hallyday, cuja morte aos 74 anos de idade foi anunciada por sua esposa e pelo presidente francês nesta quarta-feira, foi um gigante do rock'n'roll em sua França natal, e sobreviveu ao uso de drogas, a conflitos familiares e a episódios quase fatais para permanecer nos palcos por mais de cinquenta anos.
Hallyday, com sua ginga de caubói e sua voz profunda, foi um "Elvis francês" para centenas de milhões de fãs –a maioria, se não todos, de seu próprio país, onde vendeu mais discos do que qualquer outro cantor.
Ele lutava contra um câncer de pulmão e preparava um novo álbum e uma turnê.
A notícia de sua morte, na esteira de semanas de especulação febril sobre sua saúde, deixou as redes sociais repletas de homenagens de admiradores, políticos e celebridades.
"Durante mais de cinquenta anos ele foi um ícone vibrante", disse o escritório do presidente francês, Emmanuel Macron, em um comunicado.
Atribui-se a Hallyday a venda de mais de 100 milhões de discos ao longo das décadas.
Embora nunca tenha conquistado fama nos Estados Unidos -morou em Los Angeles em anos mais recentes, ele conquistou uma legião de fãs na França e em outras partes do mundo francófono.
"Johnny Hallyday nos deixou", disse sua mulher, Laeticia, em um comunicado à agência France Presse. "Escrevo estas palavras sem acreditar nelas. Mas sim, é verdade. Meu homem não está mais conosco."
Policiais foram acionados antes do amanhecer enquanto carros pretos entravam na propriedade do oeste de Paris para a qual ele se mudou após uma internação hospitalar emergencial no final de novembro.
Hallyday, que lançou sua primeira gravação em 1959, preparava um novo disco e uma nova turnê quando a notícia de sua internação com dificuldades respiratórias em um hospital da capital francesa foi anunciada no mês passado.
A cantora franco-canadense Celine Dion publicou uma mensagem no Twitter dizendo estar muito triste por saber de sua morte. "Ele era um gigante do show business... um verdadeiro ícone", escreveu.
"Repose en Paix (descanse em paz)", tuitou o cantor norte-americano Lenny Kravitz. "Sua alma é puro Rock and Roll."
O jornal norte-americano USA Today apelidou Hallyday certa vez de "o maior astro do rock de quem você nunca ouviu falar", mas em casa ele era conhecido simplesmente como "Johnny".