Por Lawrence Hurley e Richard Cowan
WASHINGTON (Reuters) - O indicado à Suprema Corte dos Estados Unidos Brett Kavanaugh e a mulher que o acusou de um abuso sexual em 1982 serão convocados a testemunhar no Senado na próxima segunda-feira, disse o presidente do Comitê Judiciário da câmara, adiando uma votação no processo de confirmação do juiz.
Com a indicação no passado de Kavanaugh para o cargo vitalício no tribunal mais alto dos EUA agora em risco, o conservador juiz federal da corte de apelações teve encontros na Casa Branca nesta segunda-feira e emitiu uma nova negação, chamando a acusação de abuso de "completamente falsa".
Colegas republicanos do presidente Donald Trump no Senado, que devem confirmar indicações à Suprema Corte, buscam um caminho a seguir.
O presidente do Comitê Judiciário do Senado, Chuck Grassley, disse que o comitê fará uma audiência pública com Kavanaugh e sua acusadora, Christine Blasey Ford, na próxima segunda-feira.
"Como disse mais cedo, qualquer um que vem à frente, como a Dra. Ford fez, merece ser ouvido. Minha equipe contatou a Dra. Ford para ouvir seu relato e fez uma chamada de acompanhamento com o juiz Kavanaugh nesta tarde", disse Grassley.
"Infelizmente, democratas do comitê se recusaram a se juntar a nós neste esforço. Mas para dar ampla transparência, faremos uma audiência pública na segunda-feira para dar exposição completa para estas acusações recentes", disse.
A ação irá adiar uma votação planejada para quinta-feira no Comitê Judiciário.
Ford acusou Kavanaugh de tentar atacá-la e tirar suas roupas enquanto sob efeito de álcool há 36 anos em Maryland quando eram alunos de escolas diferentes.
O líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, disse que deseja fazer uma votação completa no Senado sobre Kavanaugh antes do começo do novo mandato da Suprema Corte, em 1º de outubro. É incerto se este objetivo terá que ser ajustado.
(Reportagem de Lawrence Hurley e Richard Cowan)