Por Andrew Chung
NOVA YORK (Reuters) - Um caso no qual o sucesso "Loca", de 2010, da estrela pop Shakira foi acusado de plágio ilegal do trabalho de um compositor dominicano teve uma reviravolta nesta segunda-feira, quando um juiz dos Estados Unidos disse que o compositor havia mentido ao tribunal e que a fita cassette na qual fundamentara seus argumentos é falsificada.
"Houve uma questão básica de fraude em julgamento", disse o juiz norte-americano Alvin Hellerstein, em Manhattan, recusando a violação de direitos autorais contra a Sony/ATV Latin e a Sony/ATV Discos.
Em agosto do ano passado, Hellerstein havia concluído que a versão de Shakira, e também outra música de um rapper dominicano conhecido como El Cata, havia ilegalmente se apropriado de uma gravação feita por Ramón Arias Vásquez, chamada "Loca con su Tiguere".
O juiz considerou que as unidades da Sony eram culpadas por distribuir músicas que violavam direitos autorais. A Mayimba Music, que detém os direitos do trabalho de Arias, processou a Sony em 2012.
Nesta segunda-feira, Hellerstein disse que novas evidências trazidas à tona pela Sony ofereciam "prova competente e substancial" de que a fita na qual Arias alegadamente gravou a música, a qual teria sido utilizada para registrar a canção nos EUA, não fora feita em 1998, conforme afirmado.
Dessa forma, Hellerstein disse ter perdido fé no testemunho de Arias.
Representantes da Mayimba e seus advogados não quiseram comentar a decisão.
O advogado da Sony, Barry Slotnick, disse: "Estamos muito satisfeitos e gratos em nome da Sony e dos reais compositores, El Cata e Shakira."
(Reportagem de Andrew Chung)