AUSTIN, Estados Unidos (Reuters) - Um juiz norte-americano rejeitou tentativas de três professoras da Universidade do Texas de proibir que alunos levassem armas para salas de aula após o Estado garantir este direito no ano passado, indicaram documentos judiciais nesta sexta-feira.
As professoras Jennifer Glass, Lisa Moore e Mia Carter argumentaram em tribunal federal distrital em Austin que liberdade acadêmica e debates em salas de aula podem ser reprimidos sob a chamada lei de "porte no campus", apoiada por líderes políticos republicanos do Estado.
A lei permite que portadores de 21 anos ou mais de licenças para armas de mão possam levar armas para salas de aula e outras instalações universitárias, incluindo o sistema da Universidade do Texas, um das maiores do país, com mais de 221 mil alunos.
"As partes queixosas não apresentam nenhuma evidência concreta para substanciar seus temores", escreveu o juiz distrital norte-americano Lee Yeakel em sua decisão rejeitando a queixa das professoras. Entre os réus estavam o procurador-geral do Texas, Ken Paxton, o chefe da universidade, Gregory Fenves, e o Conselho de Regentes da universidade.
Paxton, que apoiou a lei, elogiou a decisão.
Professores da Universidade do Texas realizaram lobby sem sucesso para prevenir a lei, argumentando que a combinação de jovens, armas de fogo e vida estudantil poderiam resultar em uma situação fatal.
(Por Jon Herskovitz)