Por Jennifer Hiller e Jan Wolfe
HOUSTON (Reuters) - Um juiz federal do Texas negou na segunda-feira tentativa dos republicanos de descartar cerca de 127.000 votos já entregues na eleição presidencial dos Estados Unidos em locais de votação drive-through em Houston, uma região de inclinação democrata.
Os querelantes acusaram a autoridade do condado de Harris reponsável por permitir o voto drive-through como alternativa durante a pandemia do coronavírus, Chris Hollins, um democrata, de agir ilegalmente.
O juiz distrital Andrew Hanen disse que os reclamantes não tinham legitimidade para abrir o caso.
Jared Woodfill, advogado dos querelantes, afirmou a repórteres que eles vão recorrer à Corte de Apelações do 5º Circuito dos EUA. Eles também vão apelar de uma derrota semelhante em tribunal estadual no domingo à Suprema Corte dos EUA, disse Woodfill.
Hollins declarou a repórteres que os locais de votação drive-through no condado de Harris, que inclui Houston, serão abertos no dia da eleição. “Estamos orgulhosos de preservar a democracia em um momento em que a própria democracia está sendo atacada”, disse Hollins.
O condado de Harris, que abriga a cidade de Houston e aproximadamente 4,7 milhões de pessoas, é o terceiro mais populoso dos EUA. Atualmente possui 10 locais de votação drive-through disponíveis para todos os eleitores entre 800 locais de votação no total.
O Texas, segundo maior Estado dos EUA, é tradicionalmente republicano, mas as pesquisas mostram uma disputa acirrada este ano entre o presidente Donald Trump e o democrata Joe Biden, com mais de nove milhões de votos já entregues, superando o total de comparecimento do Estado na eleição presidencial de 2016.
(Reportagem de Jan Wolfe)