Por Jonathan Stempel e Karen Freifeld
NOVA YORK (Reuters) - Steve Bannon, que já foi o principal estrategista do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e que dele recebeu o perdão presidencial, ganhou nesta terça-feira a dispensa de um indiciamento por acusação de fraudar os doadores de uma campanha para financiar a construção de um muro na fronteira entre EUA e México.
A juíza distrital Analisa Torres em Manhattan disse que a dispensa foi a "melhor direção" a ser seguida, considerando o indulto presidencial que Bannon recebeu nas últimas horas da Presidência de Trump.
Procuradores haviam argumentado que, em vez de rejeitar a acusação, a juíza deveria apenas dispensar Bannon como um dos quatro réus no processo. Os réus foram acusados de ligações com o desvio de centenas de milhares de dólares da campanha de financiamento coletivo de 25 milhões de dólares "We Build the Wall".
Mas a magistrada afirmou que o indulto era válido, e mesmo que Bannon não tenha admitido formalmente sua culpa "a emissão de um perdão presidencial pode carregar uma imputação de culpa ou aceitação de uma confissão".
O gabinete da procuradora federal Audrey Strauss em Manhattan se recusou a comentar.
Bannon ficou "muito feliz" com a dispensa da acusação, afirmou seu advogado Robert Costello após falar com ele.