Por Jonathan Allen e Brendan O'Brien
MINEÁPOLIS (Reuters) - Procuradores que atuam no julgamento sobre a morte de George Floyd devem convocar mais testemunhas especializadas nesta terça-feira para que deponham contra o ex-policial da cidade norte-americana de Mineápolis Derek Chauvin, responsável pela prisão fatal de Floyd no ano passado, que provocou protestos globais.
Chauvin, que é branco, argumenta que seguiu o treinamento da polícia ao manter o joelho sobre o pescoço de Floyd durante nove minutos enquanto o negro de 46 anos, que estava algemado, perdia a consciência e parava de respirar.
"Discordo veementemente de que isso foi uso apropriado de força para aquela situação em 25 de maio", depôs Medaria Arradondo, chefe de polícia de Mineápolis e ex-superior de Chauvin, na segunda-feira.
Arradondo disse ao júri que o treinamento de Chauvin exigia que ele interrompesse a imobilização e prestasse primeiros socorros enquanto esperava a chegada de uma ambulância.
Chauvin se declarou inocente de assassinato e homicídio culposo decorrentes da prisão de Floyd, motivada pela suspeita de que ele usou uma nota falsa de 20 dólares para comprar cigarros no dia 25 de maio de 2020.
Seus advogados intimaram um homem que estava no carro com Floyd quando a polícia chegou, dizendo ao júri que ele testemunhará que Floyd tomou pílulas de opiáceos antes da prisão e que pareceu cair em um sono profunda a certa altura.
A testemunha, Morries Hall, pediu que o juiz do condado de Hennepin, Peter Cahill, anule a intimação, dizendo que invocará seu direito constitucional contra a autoincriminação se tiver que depor.
(Por Jonathan Allen em Mineápolis e Brendan O'Brien em Chicago)