Por Mike Saburi
HWANGE, Zimbábue (Reuters) - Dois homens do Zimbábue que receberam 50 mil dólares de um caçador norte-americano que matou Cecil, o leão mais conhecido do país, foram ouvidos nesta quarta-feira em uma audiência em um tribunal em que são acusados de caça ilegal.
O caçador norte-americano Walter James Palmer também foi acusado por autoridades responsáveis pelos animais selvagens de matar Cecil sem licença. Palmer, que deixou o Zimbábue depois da caçada, disse ter matado o leão em 1º de julho, mas afirmou acreditar que se tratava de uma caça legal.
Honest Ndlovu, dono de um parque particular de caça, e o caçador local Theo Bronkhorst compareceram ao tribunal em Hwange, 800 quilômetros a oeste de Harare, a capital do país.
Cecil usava um colar com GPS colocado por cientistas, como parte de um projeto de pesquisa da Universidade Oxford, da Grã-Bretanha, e era um dos mais antigos e mais famosos leões do Zimbábue.
Autoridades da área de proteção aos animais selvagens dizem que Cecil foi atraído para fora do Parque Nacional de Hwange por meio de uma isca e foi morto por uma flecha disparada por Palmer, um dentista do Estado norte-americano de Minnesota, que passou a ser alvo de críticas e ofensas nas mídias sociais.
Palmer disse que não tinha sido contactado por autoridades no Zimbábue ou nos Estados Unidos e que vai colaborar com todos os inquéritos.