SEUL (Reuters) - Em uma reunião de cúpula com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o líder norte-coreano Kim Jong Un disse que a paz e a segurança na Península Coreana dependem completamente da atitude futura dos Estados Unidos, noticiou a KCNA, agência de notícias estatal da Coreia do Norte.
As declarações de Kim foram vistas como um modo de manter pressão para que os EUA sejam “mais flexíveis”, nas palavras dele, em aceitar o alívio das sanções exigido por Pyongyang, em relação à postura norte-americana adotada durante uma segunda e malsucedida reunião de cúpula entre os líderes dos dois países, realizada em fevereiro, em Hanoi.
Kim disse à época que esperaria “até o fim deste ano” que os EUA mudassem de opinião.
“Essa situação na Península Coreana e região está agora em um impasse e alcançou um ponto crítico, em que pode retornar a seu estado original, uma vez que os EUA tomaram uma atitude unilateral de má-fé na recente negociação de cúpula RPDC-EUA”, disse Kim segundo a KCNA, que usou a sigla do nome oficial do país, República Popular Democrática da Coreia.
Kim convidou Putin a ir para a Coreia do Norte em momento oportuno, e Putin aceitou o convite, disse a KCNA.
A primeira reunião presencial entre Putin e Kim, realizada nesta quinta-feira numa ilha próxima ao litoral da cidade russa de Vladivostok, no Oceano Pacífico, parece não ter alcançado grandes avanços.
Os dois líderes tiveram conversas extensas sobre os meios de ambos os países promoverem uma comunicação estratégica e colaboração tática na tentativa de garantir a paz e a segurança na Península Coreana e região, disse a KCNA.
Após o encontro, Putin disse considerar possível um acordo com Pyongyang sobre seu programa nuclear, e que a maneira de alcançá-lo seria avançar passo a passo na construção da confiança mútua.
(Reportagem de Joyce Lee e Hyonhee Shin)