MOSCOU (Reuters) - O Kremlin pediu nesta sexta-feira aos repórteres que acompanham o presidente Vladimir Putin que não compareçam a eventos oficiais caso se sintam indispostos, uma medida de precaução para proteger os funcionários do Kremlin do coronavírus.
O Kremlin fez o apelo um dia depois de a câmara baixa do Parlamento russo dizer que estava desinfectando suas dependências porque um parlamentar ignorou uma quarentena de coronavírus para comparecer a sessões da assembleia, incluindo uma em que Putin discursou.
Moscou diz que registrou oficialmente 34 casos de coronavírus e nenhuma morte -- mas alguns médicos questionaram a precisão destas cifras devido ao que classificam como uma inconstância de exames.
"Quero me dirigir a todos os membros do corpo de imprensa do Kremlin (que cobre Putin) e todos os jornalistas e editores... que cobrem as atividades do presidente no Kremlin", disse Dmitry Peskov, porta-voz de Putin.
"Fiquem especialmente atentos em relação a qualquer sinal do coronavírus. Se simplesmente se sentirem indispostos, por favor não venham ao Kremlin, não participem de atividades jornalísticas no Kremlin".
Peskov disse que os cuidados de saúde do próprio Putin são de nível extraordinariamente elevado e que ele está trabalhando plenamente, como sempre.
Ele não quis dizer se Putin fez um teste de coronavírus.
"Informações detalhadas sobre a saúde do presidente não se destinam a uma publicação ampla", disse Peskov.
Quanto ao incidente do parlamentar que ignorou as regras de autoisolamento do coronavírus, ele se disse "convencido de que o presidente não teve nenhum contato com este parlamentar".
(Por Maria Kiselyova, Alexander Marrow e Maria Tsvetkova)