Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - Jared Kushner, ex-conselheiro sênior da Casa Branca, e seu vice, Avi Berkowitz, foram indicados no domingo por um advogado amistoso ao Prêmio Nobel da Paz por seus papeis na negociação de quatro acordos de normalização entre Israel e nações árabes, conhecidos como os "Acordos de Abraão".
Os pactos foram anunciados entre meados de agosto e meados de dezembro de 2020, e foram os avanços diplomáticos mais significativos no Oriente Médio em 25 anos no momento em que a região vive a perspectiva de um conflito prolongado com o Irã.
Quem indicou a dupla de ex-assessores do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi o advogado norte-americano Alan Dershowitz, habilitado a fazê-lo graças à sua condição de professor emérito da Escola de Direito de Harvard.
Dershowitz defendeu Trump em seu primeiro julgamento de impeachment no ano passado, e em um comentário de 20 de janeiro no Wall Street Journal disse que o Senado deveria descartar o artigo de impeachment contra Trump, motivado pela invasão do Capitólio no dia 6 de janeiro, porque ele não é mais presidente.
Em sua carta ao comitê do Nobel, Dershowitz também citou o trabalho de David Friedman, ex-embaixador dos EUA em Israel, e de Ron Dermer, ex-embaixador de Israel nos EUA, nos acordos de normalização. Ele pareceu insinuar que sua indicação poderia ser polêmica.
"O Prêmio Nobel da Paz não é por popularidade. Nem é uma avaliação do que a comunidade internacional pode pensar daqueles que ajudaram a trazer a paz. É um prêmio pelo cumprimento dos critérios intimidantes determinados por Alfred Nobel em seu testamento", escreveu.