BEIRUTE/QAA, Líbano (Reuters) - O governo do Líbano declarou nesta terça-feira haver uma ameaça terrorista de alto grau no país depois que oito homens-bomba atacaram um vilarejo cristão na fronteira com a Síria, no episódio mais recente de transbordamento do conflito sírio no Líbano.
O vilarejo de Qaa foi atacado na segunda-feira em duas levas de atentados suicidas que mataram cinco pessoas. O primeiro grupo de suicidas agiu antes do alvorecer e o segundo de noite, dois deles se explodindo perto de uma igreja.
As autoridades de segurança acreditam que militantes do Estado Islâmico estiveram por trás da agressão, mas ninguém assumiu sua autoria.
Em referência ao número de agressores, o governo libanês disse que o ataque e a "maneira incomum" como ele foi realizado representam uma nova fase do "confronto entre o Estado libanês e o terrorismo maligno".
O primeiro-ministro do Líbano, Tammam Salam, "expressou o temor de que o que aconteceu em Qaa seja o início de uma nova onda de operações terroristas em diferentes áreas do Líbano", disse o ministro da Informação, Ramzi Jreij, em comentários na televisão após uma reunião de gabinete.
Militantes islâmicos sunitas vêm alvejando o Líbano repetidamente desde a irrupção da guerra na vizinha Síria, onde o poderoso grupo xiita libanês Hezbollah luta em apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad.
O ministro do Interior, Nohad Machnouk, disse que a maioria dos agressores partiu da Síria.
(Por Tom Perry, Laila Bassam, Issam Abdullah)